Fernando Pessoa
Uma VIDA...
Em pleno Outono
ouço a chuva forte
batendo na janela,
vou até junto dela
e escorre nos vidros
como se fossem lágrimas
nesta tarde cinzenta,
que envolve
meu corpo e minha alma!
Olho em frente
e vejo um vulto
em forma de Mulher,
que se aproxima
e reconheço-a!
Vem aflita
como nunca a vi assim,
não pede ajuda,
mas quer um perdão!
Sabe de tudo que me deu
e depois de mim tirou
tudo o que eu tinha de bom,
e pouco me restou!
Pensou ser merecedora,
mas nada é fácil nesta Vida
e tudo perdeu...
Caminhou sem sentido
e nesse caminho
colheu uma erva daninha,
que lhe violentou o corpo
e dilacerou a alma!
Não mais foi a mesma;
teve tudo
e tudo perdeu!
Agora está aqui
aflita, muito aflita,
pedindo a mão
que outrora negou
e eu me resignei então!
Hoje e porque sei amar
minha mão trémula
se estende para ela
não querendo ver
esse precipício da Vida,
que tão próximo está dela
em vez dum caminho
verde de esperança,
plano, cheio de Sol,
aquecendo seu coração
e iluminando sua alma!
Lição de Vida
para quem pensa saber amar
e esqueceu as minhas palavras:
Neste momento
sou tão feliz contigo,
alimento minha alma em ti;
preciso mais de teu carinho
que do teu corpo!
José Manuel Brazão
Na minha mente estavam os momentos, os gestos e as atitudes, as palavras e mais palavras que passaram pelo meu coração, misturaram-se com o meu sangue, escorreram pelas minhas mãos e nasceu este poema; talvez o mais importante da minha Vida em termos de Vida e de Poesia!
Beijos e Abraços
do ZÉ
José Manuel Brazão
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