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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ouço chuva, limpo lágrimas


No silêncio da noite,
ouço chuva,
sinto-me triste
e pelo meu corpo
correm saudades
de tudo
e de todos…

Neste silêncio
nascem coisas belas,
como se asfixiam as ideias,
que me contrasta
com o que sou,
ficando perdido,
sem saber para onde vou…

Luto com este silêncio,
ouvindo a chuva!
Misturo-me com ela,
para que lave meu corpo,
me purifique!

Vou andando,
aceito a chuva,
como uma bênção,
pelo amor
que tenho dentro mim,
que não se cansou,
de amar tanto;

Meu pobre coração,
que tanto aguenta
de resignação,
pelos esquecidos
e pelos não queridos.

Pela minha face
escorre chuva e lágrimas.

Continuo a ouvir
e a sentir a chuva
e limpo as lágrimas…

José Manuel Brazão

2 comentários:

  1. Um poema de tristeza e ao mesmo tempo de libertação. É assim a vida, Zé. Mas repara que a seguir à chuva, vem sempre o raiar do Sol.

    Beijinho

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