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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ventos da minha terra


Vem na garupa das asas do vento o cheiro de teu amor,
vagando sublime no tempo, saudade galopante em versos...
Todas as manhãs o vento de tua terra vem ao meu encontro
chega manso como as águas do rio que cerca a cidade

Levemente toca em meu corpo quente e saudoso,
acariciando a pele, roçando seus sopros em meus lábios
de minha boca recolhe os melhores beijos,
desalinha meus cabelos, silenciando nas brisas o tempo...

No sopro vem da terra gosto e clima incomparáveis,
quando aqui, colhe tudo que possa saciar teu desejo,
leva de mim um pouco do cheiro, suor e vontades...
parte em viagem de volta carregando a minha vaidade

Ah, se pudesse...
Voaria nessas asas p’ra repousar meu corpo contigo,
faria tua cama nosso templo, meu colo teu abrigo...
entregaria a vida em troca duma noite entrelaçada,
se pudesse ir além do rio, faria de teu corpo minha morada.

Sim, o vento com tuas notícias veio ao meu encontro
sussurrou nos ouvidos palavras de  puro encanto,
consolou mais um dia de saudade, foi meu remanso.
Por hoje durmo serena, em ti alimentei meus sonhos,
já amanhã aguardo ansiosa novos ventos de tua terra...

Anna Carvalho

 [....]

 Todas as manhãs
o vento da minha terra
vai ao teu encontro
e junto ao mar da tua cidade,
esperas que toque teu corpo
ardente, saudoso,
desejoso,
acariciando tua pele,
passando pelos teus lábios
e de tua boca
roubando teus beijos
e já com saudades
amanhã aguardas ansiosa
novos ventos da minha terra;
voltarei sempre!

José Manuel Brazão

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