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No silêncio da noite,
ouço chuva,
sinto-me triste,
e pelo meu corpo
correm saudades
de tudo
e de todos…
Neste silêncio
nascem coisas belas,
como se me asfixiam as ideias,
que me contrasta
com o que sou,
ficando perdido,
sem saber para onde vou…
Luto com este silêncio,
ouvindo a chuva!
Misturo-me com ela,
para que lave meu corpo,
me purifique!
Vou andando,
aceito a chuva,
como uma bênção,
pelo amor
que tenho dentro mim,
que não se cansou,
de amar tanto;
Meu pobre coração,
que tanto aguenta
de resignação,
pelos esquecidos
e pelos não queridos.
Pela minha face
escorre chuva e lágrimas.
Continuo a ouvir
e a sentir a chuva
e limpo as lágrimas…
José Manuel Brazão
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