terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Como nasceu uma Amizade
Da janela da minha casa: vejo Lisboa
Desta Janela
há trinta anos vejo Lisboa.
De manhã
vejo Sol a nascer,
vejo o Tejo a descer
de visita à sala da cidade.
Vejo as pessoas
irem para o trabalho,
vejo as crianças para a escola,
umas tristes,
por sono
e por vida pouco fácil,
outras alegres,
por impacientes,
para aprenderem o Futuro.
Vejo carros e mais carros.
De tarde
vejo as crianças voltarem,
umas tristes,
para a vida pouco fácil,
outras alegres,
para aprenderem o futuro,
mas só no dia seguinte.
De Noite
Vejo as pessoas voltarem,
do trabalho com ganha-pão,
sem trabalho com fome.
Umas
com vida difícil,
outras
fartas de viver.
Durante a noite
vejo silêncio,
vejo em lares muita paz,
vejo noutros muita guerra,
vejo o que vejo
e aquilo que não gostaria de ver.
Da janela da minha casa:
Vejo!
José Manuel Brazão
Re: Da janela da minha casa
Agradeço as palavras gentis e vale sempre a pena que aquilo que se escreve, entre no coração de alguém. Sirvo-me da palavra como VERDADE e não como arma! Descobri este lado criativo aos 56 anos e após 4 anos estou ainda em aprendizagem. Tenho muita sede de aprender mesmo aos 60 anos.
José Manuel Brazão
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Olá
Gostei muito deste teu poema. Nasci e cresci em Lisboa e agora que vivo mais distante quando li o teu poema revivi e senti saudades desse viver. Expressaste-o tal como eu o via. Fico à espera de novos olhares por Lisboa.
Obrigada.
Vanda Paz
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